terça-feira, 10 de maio de 2011

Dilemas...

Deitada, com sono, já se passavam das duas horas da madrugada, enrolada no cobertor, as ideias fervilhavam. Era necessário levantar e escrever toda aquela inspiração. Mas preferiu deixar para outro momento, pois o sono lhe pediu que ficasse deitada.
Passou mais um dia e veio mais uma noite. Agora no sofá, com as ideias novamente fervilhando, mas com muito cansaço físico, mental e emocional para descrever tudo aquilo. Mas mesmo assim resolveu arriscar...
Começou num sonho, o sonho de querer chegar a Academia. Chegou. Foi difícil chegar, mais ainda se manter e um pouco mais ainda terminar. Sonho concretizado.
Cresceu, tornou-se gente. Uma gente um pouco estranha para o comum, mas gente. Gente que sente, que ama, que chora, que grita, que dá e quer receber carinho, gente que acredita e que desacredita ao mesmo tempo, gente que sonha e continua sonhando, gente que tem dúvidas, que gosta de coisas que toda gente gosta, alguns reprimim, outros fazem. Gente mal interpretada.
Viu o mundo colorido e preto e branco. Estudou coisas que gostava e estava ao seu alcance. Isso não se chama dúvidas, mas a procura de oportunidades. Essas que talvez quase nunca apareçam para aqueles que pouco são favorecidos.
Chegar ao sonho, pensava, que era o mais difícil. O mais difícil é depois do sonho. O que vem depois dele? Isso? Pergunta-se, questiona-se... O que é a vida? Tão pouco para ser só isso? Onde está toda a intensidade?
Um esforço sem retornos, sempre esforços sem retornos.
Um dilema constante de sobreviver ou viver encenando. Prefere arriscar a sobrevivência, mesmo tremendo de medo. Quantas dúvidas.
As ideias, textos, palavras e atitudes da fase atual são sempre carregadas de dúvidas. Vê a vida em uma mala, ouvi as críticas e já não consegue ser imparcial.
Dos que deposita carinho e espera carinho recebe a frieza das atitudes e das palavras.
Um ser tão cheio de coisas boas à oferecer se vê obrigado a criar proteções ao seu redor para poder responder com a mesma frieza. Mas as vezes, parece-lhe que essa proteção é invadida e vem a esperança de encontrar algo diferente. Não é desespero, é sentimento. Coisa de humanos, sabe? Humanos? Seres que não estão extintos, mas a sua principal característica está: Humanidade! Por onde ela anda? Deve está perdida em algum lugar muito distante do Planeta habitável.
Ela apenas quer deitar e acordar em outro mundo, em outras circunstâncias num passe de mágica... Boa sorte às novas escolhas, que mais uma vez poderão dar erradas...