terça-feira, 25 de maio de 2010

Raridades...

Ao entrar na sala de aula vejo muitas pérolas, umas dentro da concha escondidas com medo de sair, outras rolando pra lá e pra cá sem rumo, outras influenciáveis pela sociedade corrupta e desigual, outras prontas para sairem da concha e enfeitarem o mundo.
Vejo alunos... Seres Humanos, capazes de transformar a sua realidade, com grande potencial para sonharem para além daquilo que imaginam... Alunos que me motivam, alunos que me desmotivam, alguns me incentivam, outros fazem pouco caso. Desses só lamento. Entristeço-me por alguns instantes de pensar que tempos de tanto esforço não valeram para nada, mas depois penso que ainda são imaturos, que sorriem e debocham de coisas que nem sabem da tamanha importancia. Se de todas as aulas que dei, de todas as salas que entrei, de todas as escolas que passei, de todas as vezes que falei e expliquei, apenas um aluno compreendeu me sinto satisfeita.
As vezes, saio com uma sensação de missão cumprida, sorrindo e feliz por ser educadora e poder fazer parte de melhoras. As vezes, saio pensando: será que eles entenderam ou fiz mais bagunça na cabeça deles?... As vezes, saio frustrada, achando que sou a pior professora, porque não consegui cativar os alunos, porque não dei uma boa aula, não transmiti como eu gostaria.
Assim como meus educadores que passaram por mim e aqueles que ainda estão comigo me fizeram ser o que sou, me impulsionaram e impulsionam para o melhor desejo o mesmo para meus alunos. A esses educadores que eu tanto amo, que mantem vivo pensamentos de transformação e melhoras para essa sociedade dentro de mim e a qual tento me parecer com eles, faço alusão ao amigo, mestre, professor e companheiro André Bazzanella, que não está mais perto de mim fisicamente, mas que procuro manter vivo suas ideias. Aos professores e amigos do peito Hellem e Fabiano que também sonham com melhoras e que devo muito, mas muito mesmo de minha formação profissonal. Obrigada é uma simples palavra que posso dizer a vocês.
Da mesma forma quero que meus alunos me vejam...
Educar ultrapassa as paredes da escola!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Faltas...

Sem entender prossigo com as atitudes de indiferença.
Por querer tanto a atenção, o amor, o reconhecimento é que sofro. De todas as coisas boas que faço, somente as que não agradam se sobresai.
Falta o respeito com as diferenças, o esquecimento do que passou... nem sei se realmente é isso mesmo. Não consigo entender. Apenas sei que não quero cometer os mesmos erros que ele.
Emociono-me com atitudes paternas alheias tão comoventes e penso que vivo algo bem diferente dentro de casa. Talvez um dia mude...
Sabe que minha compaixão teve fim por ele? Hoje ele está doente e não consigo ter compaixão. Talvez você pense: que frieza!! Não é! Não sei explicar que sentimento é.
Tudo mudará quando for pra longe e conseguir dar a volta por cima!

terça-feira, 11 de maio de 2010

De repente...

O olhar envolvente, misturado com o efeito da "boehmia", o sorriso de quem não quer nada, a aproximação de quem quer muito, o medo dos olhares alheios, a diversão, a ação. Escolhemos a companhia um do outro do que a dos demais presentes. Preferimos falar de Darvin, Marx e até de Engels, do que assuntos fúteis, em meio a tanta futilidade e falta de sobriedade. Sorrimos muito, aproveitamos como se conhecessemos a tanto tempo. Esquecemos do resto.
O resultado dos efeitos se prolongaram e em plena segunda-feira preferimos repetir. Claro que foi diferente! As circunstancias estavam diferentes.
Não sei se somos algo a mais que apenas momentos tão bons... Não sei o que vale a pena... Não sei mais de sentimentos... esqueci como se sente verdadeiramente, ou apenas me lembro de sentimentos passados que ainda me assombram. Não sei o que sou emocionamente. Aprendi a ser muito razão.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CONFUSÕES


Me perdi em meio aos conceitos, afinal são tantos... Pensava que a prática seria tão fácil quanto as teorias tão estudadas.
Há pouco tempo eu estava forte, racional, focada. Agora caí de novo e me perdi no meio das emoções. Eu já sabia que seria assim como está sendo, mas resolvi arriscar como já fiz inumeras vezes. Pergunte-me se obtive sucesso... pouco, pouquíssimo.
Passei muito tempo sozinha, estou muito tempo sozinha, vivendo de esperanças e sonhos que nunca serão verdades. Da última vez, eu não estava sozinha nominalmente falando, mas realmente, racionalmente falando eu estava. Aquilo que idealizei não acontecia e eu calava-me com medo de uma solidão pior, medo dessa que estou vivendo. Divirto-me com as palhaçadas da história anterior, falo, ligo, sinto falta, mas uma falta consciente. Talvez ninguém entenda essa falta consciente. Acho que ele entende. Aquelas loucuras me fazem falta, aquelas viagens e a falta de regras, mas ao mesmo tempo a falta da presença me faz permanecer como estou. Já me livrei de tal sentimento e dessa vez, por incrível que pareça, foi bem mais fácil que as outras vezes. Mas lembro, relembro, sem sofrer, divirto-me como já falei.
Aquela noite não parecia cheia de frieza, mas as mulheres sempre se enganam. A frieza sempre está presente quando os objetivos são diferentes. Como posso decifrar essas coisas?? Sei lá porque caí em mais uma dessas. Então me perdi, em meio a tantos conceitos, fui exuberante, extravagante, irracional, inconsequente... Calma! Tudo isso não foi em apenas um momento, nem apenas com um sujeito. Falo de todo um contexto. Com medo de me desentender, desentendi tudo. Festa ou sussego? Razão ou emoção?
Agora é o processo de recomposição. Estou me saindo bem. A solidão ensina. Tenho me acostumado com ela. Até vivo bem assim, talvez melhor que sem ela.
Nesses conceitos incluo as confusões que fiz com a Educação Física. As teorias belíssimas que não consigo colocá-las em prática e as várias frustrações com essa disciplina do currículo escolar.
Vivo um momento em que estou na ravina profunda, procurando como sair dela com beleza...