terça-feira, 26 de junho de 2012

Atual

Não sei se ainda sei escrever, afinal aqui faz mais de um ano que não escrevo.
Mas hoje minha melancolia me trouxe até o lápis e o papel.
Que produção sairia numa suposta pós modernidade?
Onde as novidadedes são encontradas ainda em 1980.
Pra falar de amor... Amor??? Que isso? Conecte-se, curta, post, atualize, exclua.
Pra fazer sucesso use apenas melodias simples, monossilabas repetidas e tudo está certo.
Não me acaricie, me cutuque!!
Não seja gentil, nem agrade.
Não me conquiste pra suas conveniências.
Depois de algumas "Stelas" vou ser eu mesma e você não vai gostar.
Amanhã você vai me ver no canto esquerdo da tela e vai ignorar.
E falar de amor é tão difícil quando não se tem profundidade.
Mantenha-se conectado, com status atualizado.
Queria fechar os olhos sobre flores, sentir meu corpo esfriar, só pra saber quem iria chorar.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Grand' Hotel



Se a gente não tivesse feito tanta coisa,

Se não tivesse dito tanta coisa,

Se não tivesse inventado tanto,

Podia ter vivido um amor Grand' Hotel.


Se a gente não dissesse tudo tão depressa,

Se não fizesse tudo tão depressa,

Se não tivesse exagerado a dose,

Podia ter vivido um grande amor.


Um dia o caminhão atropelou a paixão

Sem teus carinhos e tua atenção

O nosso amor de transformou em "Bom dia"...


Qual o segredo da felicidade?

Será preciso ficar só pra se viver?

Qual o sentido da realidade?

Será preciso ficar só pra se viver?


Ficar só

Só pra se viver...






"Kid Abelha nessa música traduz minha história sem início e fim, mas com um meio sem nexos..."









quinta-feira, 9 de junho de 2011

Você...



Eu poderia falar das novidades da vida, de como as coisas andam aqui por Indaial, de como as coisas andam aqui nas escolas que trabalho, poderia falar dos meus alunos, do apartamento novo que moro, das minhas aulas, da minha relação familiar, das meninas, da greve, da Educação e entre outras tantas coisas que estão acontecendo por aqui... mas não, minha escolha hoje foi outra.


A noite era normal, comum como qualquer outra. Uma saída com as amigas para tomar uma cerveja. Nem a roupa demorei para escolher, apenas caprichei na maquiagem e talvez esse fosse o problema... rs

Olhar e não olhar no primeiro momento foi a mesma coisa. A noite corria normalmente e o alcool começou a fazer efeito... O comentário e elogio sobre a maldita maquiagem foi o início da conversa e ponto de partida para uma noite que seria muito longa e continuaria se prolongando.

O convite aceito, outro lugar, muita gente, pouca lucidez... Em meio a um turbilhão de problemas acontecendo, a falta de certezas, misturou-se a uma vontade de querer encontrar um lugar aconchegante naquela escassez de consciencia e poder ser apenas a essência do ser.

O dia seguinte foi de reflexão sobre as tantas coisas que aconteceram na noite anterior, uma ideia não se encontrava com a outra e nada fazia sentido. Pensei que fosse apenas aquilo. APENAS AQUILO! Apenas aquela noite!!! E por que não foi?!

Minha indignação não é com o que está acontecendo ou com o que não está acontecendo. Não é um foco, não é apenas uma questão, é um contexto, é uma raiva que é só minha, de mim mesma... sem muita explicação...

Sinto falta de tudo...

Acho que nem tenho mais como continuar esse post, poderia descrever cada momento significativo, mas nem consigo relembrar e colocar aqui. Tudo dói. O pior que é uma ferida que não quero que se cure...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dilemas...

Deitada, com sono, já se passavam das duas horas da madrugada, enrolada no cobertor, as ideias fervilhavam. Era necessário levantar e escrever toda aquela inspiração. Mas preferiu deixar para outro momento, pois o sono lhe pediu que ficasse deitada.
Passou mais um dia e veio mais uma noite. Agora no sofá, com as ideias novamente fervilhando, mas com muito cansaço físico, mental e emocional para descrever tudo aquilo. Mas mesmo assim resolveu arriscar...
Começou num sonho, o sonho de querer chegar a Academia. Chegou. Foi difícil chegar, mais ainda se manter e um pouco mais ainda terminar. Sonho concretizado.
Cresceu, tornou-se gente. Uma gente um pouco estranha para o comum, mas gente. Gente que sente, que ama, que chora, que grita, que dá e quer receber carinho, gente que acredita e que desacredita ao mesmo tempo, gente que sonha e continua sonhando, gente que tem dúvidas, que gosta de coisas que toda gente gosta, alguns reprimim, outros fazem. Gente mal interpretada.
Viu o mundo colorido e preto e branco. Estudou coisas que gostava e estava ao seu alcance. Isso não se chama dúvidas, mas a procura de oportunidades. Essas que talvez quase nunca apareçam para aqueles que pouco são favorecidos.
Chegar ao sonho, pensava, que era o mais difícil. O mais difícil é depois do sonho. O que vem depois dele? Isso? Pergunta-se, questiona-se... O que é a vida? Tão pouco para ser só isso? Onde está toda a intensidade?
Um esforço sem retornos, sempre esforços sem retornos.
Um dilema constante de sobreviver ou viver encenando. Prefere arriscar a sobrevivência, mesmo tremendo de medo. Quantas dúvidas.
As ideias, textos, palavras e atitudes da fase atual são sempre carregadas de dúvidas. Vê a vida em uma mala, ouvi as críticas e já não consegue ser imparcial.
Dos que deposita carinho e espera carinho recebe a frieza das atitudes e das palavras.
Um ser tão cheio de coisas boas à oferecer se vê obrigado a criar proteções ao seu redor para poder responder com a mesma frieza. Mas as vezes, parece-lhe que essa proteção é invadida e vem a esperança de encontrar algo diferente. Não é desespero, é sentimento. Coisa de humanos, sabe? Humanos? Seres que não estão extintos, mas a sua principal característica está: Humanidade! Por onde ela anda? Deve está perdida em algum lugar muito distante do Planeta habitável.
Ela apenas quer deitar e acordar em outro mundo, em outras circunstâncias num passe de mágica... Boa sorte às novas escolhas, que mais uma vez poderão dar erradas...




terça-feira, 26 de abril de 2011

Feriado!

É incrível, mas sinto necessidade de bloggar. Vim do feriado pensando nas coisas que escreveria. As vezes, até poderia escrever mais, mas o tempo também não colabora... Esse é um cantinho que encontrei pra compartilhar, mesmo que seja com poucos, mas sei que são com pessoas especiais. O espaço que tenho aqui é aquele que me falta na vida real, fora do virtual. É o quarto que não tenho pra chorar, o canto que não tenho pra gritar, pra ouvir minhas músicas, pra falar minhas travessuras...
Saudades todos sabem que eu estava de rever o lugar onde me sinto bem... Parece que cheguei lá, sai do casulo que entrei aqui e vivi intensamente a cada minuto. Nunca vivi tantas coisas em tão pouco tempo. Foi uma mistura de sentimentos, de sensações... Parecia que estava fazendo como se fosse uma última vez... O pior foi voltar e o sentimento após tudo isso...
Sai achando que eu havia me tornado uma pessoa fria e sem muitas reações. Cheguei e agi assim logo de início. Tudo bem, naquela situação era esse o caso. A primeira noite foi das meninas... alegre como imaginei, cheia de risos e novos drinks...
Engraçado que não tínhamos muito que colocar em dia os papos, a internet corta essa etapa, mal ou bem é assim...
Sexta, sol, dia lindo, conversas, risos de novo. No crepúsculo os comentários do que fazer a noite. Decisão tomada. O que dizer dessa noite? O que falar das pessoas maravilhosas que conheci? o que falar da minha "modernidade" que me espanta e espanta também? Como não se envolver? Como não pensar? Como ouvir coisas e achar que não tenho sentimentos? Precisou acontecer coisas pra eu perceber que ainda sou uma menina que sonho com coisas normais de menina. Que só pareço ser um ser forte, racional, moderno...
O pior e o melhor estava por vir. Domingo. Eu sabia que veria, que encontraria... Eu, com toda minha nostalgia, meu sentimentalismo, as lembraças carregadas do último encontro e ao mesmo tempo acarretada de sensações novas, me rendo. Rendo-me a um olhar, a um convite mal feito, a um abraço racional, mas carente. A uma conversa longa, a uma inteligência admirável, a um carinho individualista, a uma noite mal dormida, a um café, a uma despedida...
Quantos pensamentos... quantos questionamentos... nem sei como me colocar...
Já nem sei como devo de agir perante certas circunstancias, não sei se devo me arrepender... sei que esperar não adianta! É assim, sempre assim, sou vacinada, com carteirinha internacional... rs
Em resposta a música que tanto gosto do Barão, postei a frase nas redes sociais.
"Mas se voce quizer, sou pedra, flor e espinho." Eu digo agora: Quero ser apenas flor! Cansei de ser somente pedra e espinho.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Tiramissu...

Em italiano, tem o significado "erguer-se, levantar-se". Hoje, melhor do que ontem, posso falar de erguer-se e levantar-se. Um doce, simples, fácil de fazer, mas que leva um ingrediente conhecido por poucos e difícil de ser encontrado. Apesar de ser simples, não é comum, é pouco conhecido e desperta muitas curiosidades... Eu o conheci em um filme e fui novamente apresentada a ele no curso de culinária, recentemente. Nunca comi, nem fiz. Mas tenho inúmeras curiosidades a respeito dele. Dentre todas as dificuldades que me rodeiam, olhei, olhei e mais uma vez olhei... Coversei, conversei... Falei e falei... Aproximei-me... Senti. Senti de longe. Ainda estou sentindo de longe... Penso, penso muito e nada mais. É claro que quero saber como é! É claro que me preocupo com os olhos curiosos e com as línguas... Não é uma questão de escolha... Sei que pra quem me conhece estou sendo paradoxal... e que se ler posts anteriores ficará confuso... mas não se escolhe sentimentos, eles simplesmente acontecem e te inundão... Levantei-me e vi que existe algo que pensei não existir... Ergui-me e acreditei que posso fazer com o que tenho em minhas mãos muitas coisas, até voltar aos meus sonhos. Mas tudo me exige tamanha virtude: PACIÊNCIA. Falando em amigos, não tenho e não construí amigos como os meus que estão bem guardados, apesar da distancia. Apenas tento conviver, ser sociável... não tenho vontade de construir relações tão fortes quanto as que tenho já. Desculpem, mas agora não consigo ainda. Sei que hoje a maioria do texto está sem muito nexo, coesão, coerência, mas é esse mesmo meu texto hoje. É assim que estou, cheia de confusões e sem coerencia...

domingo, 3 de abril de 2011

Nostalgia...

Se me perguntares porque estou aqui, o que faço aqui, não saberei responder-te. Nem me perguntes, evite perguntas... Não tenho respostas agora, somente questionamentos... entenda-me se me veres chorando por qualquer coisa, ou me apegando facilmente as pessoas, ou gritando descontrolada por não ter outro jeito de externar meus sentimentos, por não saber ser de outro jeito... se me veres caminhando pela casa tentando encontrar um lugar só meu, se me veres procurando o sono na madrugada, se me encontrares enlouquecida sem ação... Não queria estar onde estou. Sinto saudades das mínimas coisas e das máximas... Dos amigos, dos momentos, dos alunos, da escola... dos sonhos que não sei para onde foram... Não é uma questão de escolha! Nem tudo é questão de escolha. Nem sempre o querer é poder. Não me basta decorar pratos, fazer deliciosos jantares e almoços, esconder-me atrás de uma bela torta decorada. Não me basta as promessas da remuneração. Sinto falta de ensinar, de querer transformar, dos olhos sedentos dos meus alunos, do carinho dos colegas de trabalho... Não sou alguém sem objetivos, como ouvi dias atrás. Tenho bem certo meus desejos, mas não sei por onde continuá-los. Não tenho as condições necessárias pra isso... Vivi intensamente pra sentir saudades...